Você coloca o lápis no papel e já é preciso tomar um monte de decisões, não é? A cada risco a gente se arrisca e escolhe um caminho dentro de tantas possibilidades. Desenhar pode ser um baita ato de coragem, visto dessa forma. (Esse post vai parecer autoajuda, dica coach etc. (rs!), mas é um assunto muito necessário, juro. Bom, me digam vocês.) O seu desenho te mostra aquilo que você já domina e aquilo que você precisa estudar mais. Nem sempre gostamos do resultado, mas é preciso celebrar esse ato de coragem apoiado por esse estado de vulnerabilidade que o desenho nos oferece. Brené Brown, professora e pesquisadora da Universidade de Houston, pesquisa há quase 20 anos sobre coragem, vergonha e vulnerabilidade (quem quiser, tem um especial dela no Netflix: The Call to Courage, além de vários TEDTalks no YouTube), e podemos fazer uma relação bastante direta sobre o que sentimos quando desenhamos ou quando mostramos o nosso trabalho para alguém ou numa rede social. É preciso entender, segundo ela, que vulnerabilidade não é fraqueza. Vulnerabilidade é risco emocional, exposição, incerteza; ela abastece nosso cotidiano. Vulnerabilidade é a nossa mais precisa medida de coragem. Nós criamos e criar é fazer algo que não existia antes – não há nada mais vulnerável que isso. E isso nos leva, muitas vezes, à vergonha. Ela, a vergonha, que nos convence que não somos bons o bastante, e nos faz trabalhar arduamente para continuarmos pequenos e invisíveis. Como artistas, queremos apresentar o nosso trabalho, transmitir a nossa mensagem, e é preciso tentar, cada vez mais, silenciar essa voz que nos diz que não somos bons o bastante. Comemore as pequenas vitórias, os pequenos avanços e descobertas, e sinta-se a pessoa mais corajosa do mundo só por ter escolhido desenhar e fazer arte, muitos ainda estão esperando o momento certo ou já se vêem incapazes de aprender, sem antes terem tentado. Se você tiver mais dicas pra ajudar a galera a lidar com tudo isso, conta pra gente aqui nos comentários
